Dia desses fui a Nuremberg
Na semana Precisei ir, não fui trabalhar e me vi em Nuremberg Passeando pelas ruas Me lembrei de Rosane Deu vontade de escrever uma história, desacelerar, contar com riqueza de detalhes o que a personagem faz e pensa Andar por uma cidade como uma estranha Andar pela primeira vez, turista Observar o túnel recortado no dia luminoso O túnel escuro engolindo pessoas Desaparacendo com elas Descrever de modo poético pessoas sendo engolidas pela escuridão na cidade iluminada pelo sol de início de primavera Deu vontade, mas não escrevi.
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Bem devagar dançam no ar
os flocos de neve Pio dos pássaros Sempre presente Com leveza de açúcar polvilhada A neve Se aconchega nos troncos e galhos O frio tem algo de permeável Entra dentro da gente Ou somos nós que entramos dentro do frio? Respirando como maria fumaça Os sinos da igreja badalam
Neve cobre o gramado Como sal Areia de praia Branca Como o céu Coberto por nuvens Os sinos da igreja se calam As árvores despidas de verde Galhos secos As janelas estão todas fechadas Na vizinhança O silêncio é entrecortado Pelos pássaros negros Seus pios Suas asas abertas Distante o chiado de carros Como num mar Inexistente Fecho a cortina, me afasto da janela Deixo para trás O frio dos primeiros dias de dezembro |
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December 2023
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