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Psiiiii

22/8/2014

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Façam silêncio
Pois o poema vai encher a página
Façam silêncio escuro
Pois o poema precisa de peso
Para atravessar
A superfície da água
Para deslizar
Para o fundo
Lá no meio dos peixes
E suas sabedorias abissais
Encontrará seu destino
De ser comido

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Lua

22/8/2014

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A lua mestrua?
Mestrua a lua quando nova?
Sangra uma vez por mês?
Despertando a ira das ondas
Cheias, marés
Minguantes, estacionárias
Desastrosas e escuras
O que acontece com a lua
Quando pára de crescer?

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Menino Quintana

22/8/2014

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Deus tem dente
Que nem a gente?

O destino sempre tece
Até quando esquece?

Qual o som do silêncio
Quando ficamos todos quietinhos
Olhando para o mar muito azul
Num dia de domingo?

O que o vento grita
Para as folhas da calçada
Que assustadas se arrastam
Nessa tarde ensolarada?

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Sob o sol de Xangai

17/8/2014

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Colhendo palavras alheias em poemas de Quintana

16/8/2014

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Sapatos
Vira-luas
Folhas amarelas em pânico
Cachorros
Guarda-chuva perdidos
Afinador de pianos
"A vida é cheia de pacotes..."
Ruazinhas
A lua
Quilômetros do silêncio noturno
Andorinhas
Trem que não vem
Anjos sonâmbulos
"As únicas coisas eternas são as nuvens..."

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Colhendo palavras alheias num poema de Drummond

15/8/2014

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Gosto da palavra mármore e losango. Não sei porque, mas penso em pedaços de doce, daqueles preparados em tachos de barro sobre fogo de lenha e colher de pau bem grande na mão da cozinheira preta, suada, lenço no cabelo, sorriso branquíssimo no rosto como se lavado à sabão de coco.
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Sob o sol de Xangai

15/8/2014

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(1)

Xangai. Metrô entupido. Odor de sopa de repolho e de ovos cozidos. O barulho dos vagões soando como se fossem desmantelar sobre os trilhos. Ele me olhou. Fiquei sabendo no ato: o contrataram para me matar. Por que não me importava?

(2)

"Um passo depois do outro".

Discordei. "Não foi assim que nos aproximamos".

"Como então?"

"De olhos fechados com a certeza dos pés no precipício".

"Ah, você está contaminada com idéias baratas".

E não é que ele tinha razão?

Combinamos o encontro para a semana seguinte.


(3)

O céu vermelho sob nuvens púrpuras e smog. Poluição descendo sobre os prédios com seus dedos brancos. A cidade estendendo-se aos nossos pés da janela do trigésimo andar.

"Como uma cena de Blade Runner", ele disse.

Queria beijá-lo. Deslizar minhas mãos pelo seu corpo liso cheirando a jasmim. Sentir a intensidade de seu desejo. Será que chineses fazem sexo como os outros caras?





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Black hair

15/8/2014

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Cheiro de corpo suado nos lençóis como fragrância esquecida, seu rosto muito branco e seus cabelos como tinta negra escorrendo pelo travesseiro, formando uma cortina que emoldura seus olhos rasgados, seus lábios vermelhos, dentro desse quarto rodeada por vasos de porcelana, dragões de bronze, bonzais manicurados dentro de delicados potes de madeira pintados de verde. Penso em outra coisa, quero lhe perguntar sobre o que aconteceu ontem à noite. Quem tomou aquele trem? Quem era aquele homem que agora deve estar morto?
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Corrente

14/8/2014

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Passinhos curtos. 1, 2, 1, 2.
Voz de vidro e o rosto do garoto redondo como um pandeiro.
Vamos, vamos.
Passos curtos. 1,2, 1,2 e para o lado direito e esquerdo e agora braços arqueados.
Vira e volta, tenta de novo, vamos.
As pernas dela bonitas e longas, sapatinho preto e o garoto empenado como guarda roupa velho.
Olhos escuros, muito sério, toda sua concentração na sola do pé e no calcanhar.
1,2, 1,2.
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Mistério

14/8/2014

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Algo que vai e volta.
O que está enclausurado na caixinha de tesouros?
É ouro? É ouro?
Formiguinha negra.
Preciso comprar pão, notas dobradas, encardidas.
Meus pensamentos acorrentados um no outro.
Assim, assim, numa sucessão sem fim.
Sem fim.
Blop, blop, bolinha de sabão.
Blop, blop.
Espatifou-se jogando água nas crianças.

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