Sobrevivi ao dia Tomando chá de camomila Ouvindo o realejo Que engoliu um macaco Pulando corda Sem corda O dia passou Sem que eu tomasse banho Sem que caísse na bacia Sem arear panelas Descrença de que exista Deus De que exista céu Inferno nem pensar Pensando bem, pode até ser Quem comeu minhas bananas?
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Tristeza, um lugar, como um mar onde se pode mergulhar.
Tristeza, água fria, que nos abraça, envolve. Há momentos que dá vontade de pular dentro dele e de olhos abertos ficar olhando o azul infinito, hipnótico. No fundo onde se ouve apenas a pressão nos ouvidos. Fechar os olhos e sentir, atravessando todo o ser. Tornar-se parte dele, estender-se para além do conhecido, esquecer-se do corpo, flutuar, sem peso até não ser nada além de azul. Onde está aquela sabedoria dos meus oito anos?
O conhecimento da constituição atmosférica dos planetas, dos nomes de estreitos e mares distantes. Capitais de países enigmáticos. O talento para colorir de azul as nuvens, de púrpura as árvores. Onde está a leveza nos olhos curiosos? A coragem para enfrentar dragões e bruxas. Monstros invisíveis debaixo da cama. Onde está aquela menina dos meus oito anos? |
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December 2023
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