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Cansada

27/2/2011

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Cansada de mim
da minha própria companhia
dessa que conto
dessa que descrevo
para as pessoas

Cansada do cheiro
do meu próprio corpo
dessa que vejo
dessa que exponho
nas fotos

Cansada da imagem
do meu próprio rosto
dessa que vejo
dessa que encaro
quando olho no espelho

Se eu pudesse eu fugia
de mim ...
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Brasil

20/2/2011

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Ai que vontade ...
que vontade
que vontade

Queria ficar por aqui
balangando numa rede
comendo banana
sentindo
calor
pimenta na língua

Ai que vontade ...
de escrever um novo movimento
encher meus textos de cores
ser antropofágica
comer da minha própria cultura
falar dos cheiros
dos sons
gritos
êxtases
da minha terra

Ai que vontade
de ser eu mesma
sendo outra
sendo velha
sendo nova
repetindo
revolucionando
sendo Oswald
Tarsila
eu mesma
brasileira
européia

Esse desejo ... isso é coisa de turista

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Lendo Rubem Fonseca

20/2/2011

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Nesse sábado, meia noite e dezessete.
Estou folheando o livro dele.
Eu saí daquela terra gelada e vim parar aqui.
"solidão é muito importante"
eu coleciono essas frases de escritores.
Eu coleciono elas na esperança de poder usá-las,
assim deformadas, um pouco diferentes
para que as pessoas não notem que elas não são minhas.
Como essa: "(...) Eu queria gostar de Teresa, fiz tudo para gostar de Teresa,
palavra de honra. Eu precisava gostar de alguém. (...)"
Eu poderia ter dito isso.
Eu juro, que poderia ter dito isso.
Não poderia?
Você teria notado? Com certeza não.
Eu coleciono essas frases e repito elas
na esperança de que de tanto repeti-las elas se tornem minhas.
Eu decido fechar livro.
meia noite e vinte e oito.
Eu devia dormir e parar com isso.
"Mas o telefone tocou quando eu estava com o rosto cheio de creme
e quando estou com o creme no rosto não sei fazer nada e muito menos
falar no telefone."
Uma última espiada.
Agora fecho mesmo o livro.
Eu vou sonhar com um romance inteiro
de palavras que não me pertencem.


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Pelas ruas dessa cidade

20/2/2011

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Eu ando pelas ruas dessa cidade
e o som do trânsito entra em mim
o calor do sol
a areia quente
o cheiro das amêndoas
o sabor da manga
o gosto da água de coco
a suavidade noturna
entra em mim
a risada dos amigos
o calor das esquinas
a brisa do mar
me perpassa
me erodi
me modifica
e me aquece

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O mundo

19/2/2011

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O mundo é pequeno e vasto
como as pessoas que moram nele
O mundo é tudo e nada
como nossas certezas
Tudo em que acreditamos existe
até o dia em que deixamos de acreditar

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Meu espaço virtual

19/2/2011

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Meu espaço virtual
vou construir uma casa na Internet
vou morar aqui
com meus amigos
vou plantar
vou varrer o chão
vou tirar as teias de aranha
dos cantos
pintar as paredes

Alguém como eu
só precisa de uma página em branco
Alguém como eu
só precisa de meia dúzia de palavras
para ser feliz
para ser feliz


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Aqui e lá

19/2/2011

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São duas horas aqui
são cinco horas lá

da manhã

As pessoas dormem aqui
as pessoas já acordam lá?

amanhã

Eu estou aqui
pensando em lá

Eu estou aqui?

Que horas são?
Aonde estou?

Eu falo sozinha
porque a manhã ainda não chegou
aqui

Eu falo sozinha
porque as pessoas não me ouvem
lá

Eu não estou aqui nem lá
estou apenas com sono
nesse limite
no tempo
e espaço
entre o que sou
e o que não sou

acordada
no escuro


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Verão

19/2/2011

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O sol
o sal
o mar

Eu ando pelas ruas
sinto o cheiro
de amêndoas

O sol
a areia
o ar

Eu vejo crianças
brincando nos parques
da cidade

sol
mar
areia
sal
e ar

Verão, enfim.

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Rio de Janeiro

19/2/2011

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O dia que cai
cai em mim
com sua força e majestade

a noite que entra
entra em mim
com sua suavidade escura

respiro
como nunca antes
respiro
como uma onda que puxa
e quebra contra as pedras
respiro
como um peixe
dentro d'água

sou eu fora de mim
no calor do Rio de Janeiro
sou eu que vivo
caio
e morro
na areia de uma praia

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Esse sentimento

2/2/2011

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Esse sentimento
que é como um bichinho
que rasteja

uma sombra 
que se alonga
sobre mim

Que venha o sol
que faz tudo
ficar mais claro

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    Todos os direitos reservados para textos e fotos. Os textos só podem ser reproduzidos com devidos créditos à autora Claudia Fernandes.


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