Andando pelas ruas de Xangai tive a impressão de que o ar quente me pressionava as narinas, tornando difícil o simples ato de respirar. As cigarras com seu canto alto pareciam amplificar a sensação térmica. O calor envolveu meu corpo tornando-o lerdo e pesado. Me peguei pensando em Viena no outono. Me peguei pensando em Falkenstein, assim como quem pensa num lugar mágico e inacessível. Não só pela distância, mas também porque o tempo move tanto as coisas quanto os lugares.
É impossível se voltar a um mesmo lugar duas vezes. Tanto o lugar quanto aquele que o visita já serão um outro. Quando voltar em Falkenstein o lugar que eu conhecia estará perdido para sempre no tempo. Ele será apenas uma lembrança em minha mente.
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