Quando criança, eu queria ter um macaco. Eu subia na goiabeira e chorava olhando o céu infinito e escuro. Aquele vislumbre. Eu que nasci com alma de ave para sempre engaiolada. O vento me trespassa e a chuva me vem aos olhos, brota água de dentro de mim e junto com a lua eu mudo. Meu humor e a lua que é feminina em português e em alemão é o sol que é mulher. E talvez seja essa toda a diferença entre eu e as pessoas, cujo idioma materno é o alemão. Que a lua seja feminina tanto quanto o sol na minha cabeça que aprisiona todos esses conceitos e os deixa zanzar depois de dois copos de vinho. Eu agradeço por não vomitar dentro da pia e por ouvir Edie Vedder todas as noites em que me sinto sozinha.
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December 2023
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