O tempo é algo assim como um trem que nos desloca do lugar onde estamos, sem que precisemos movimentar nosso corpo. Permanecemos sentados olhando pela janela, nos sentindo como crianças, hipnotizados pela paisagem, pelo vento contra o rosto. E quando chegamos no destino, somo já outros, distantes do que éramos, distantes do que deixamos para trás, sem que tenhamos noção disso. Apenas quando nos olharmos mais uma vez no espelho e vermos nossas rugas de expressão nos será claro, o trem nos levou e nós permanecemos parados. Esse texto foi inspirado por esse de Kafka: "31. Juli. 1917 In einem Eisenbahnzug sitzen, es vergessen, leben wie zu Hause, plötzlich sich erinnern, die fortreißende Kraft des Zuges fühlen, Reisender werden, die Mütze aus dem Koffer ziehn, den Mitreisenden freier, herrlicher, dringender begegnen, dem Ziel ohne Verdienst entgegengetragen werden, kindlich dies fühlen, ein Liebling der Frauen werden, unter der fortwährenden Anziehungskraft des Fensters stehn, immer zumindest eine ausgestreckte Hand am Fensterbrett liegenlassen. Schärfer zugeschnittene Situation: Vergessen, daß man vergessen hat, mit einem Schlage ein im Blitzzug allein reisendes Kind werden, um das sich der vor Eile zitternde Waggon, anstaunenswert im Allergeringsten, aufbaut wie aus der Hand eines Taschenspielers."
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