Seria possível falar nesse idioma, que é como uma fortaleza que me separa do mundo, do mundo que me rodeia e do mundo que existe em mim? Seria possível encontrar um meio termo para me comunicar de forma vital, assim como quando se respira? Criar caminhos para se chegar nas pessoas, ao invés de assistir a tudo bem de longe, sem conseguir me aproximar? Seria possível criar nesse idioma uma nova língua, que pertencesse apenas a mim? Seria possível comunicar com ela as maravilhas desse lugar que existe no centro do mapa, chamado cabeça? Seria possível criar diplomatas, mensageiros nesse idioma que é meu não sendo o meu? Deveria ser possível, pois eu mesma me acostumei a chamar de meu um idioma que é fruto de uma violência.
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November 2020
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