É um equívoco que me faz vomitar na banheira.
Esse ser que não sou eu, que se senta num quarto escuro e que escreve. Esse ser que inventa um outro e que se diz ser ele mesmo. Observa pela janela, do outro lado da rua, a outra: a mulher sentada sob uma luz amarela. Ela não sabe que é vigiada. Ela pressente, não tem certeza. Ela pára, os dedos estarrecidos, os olhos escancarados, os cabelos presos no topo da cabeça. Ela escuta, pensa ter imaginado coisas, volta o rosto para o computador, as mãos nas teclas. Ela escreve para esquecer que é um ser que vive dentro de uma história que eu termino com um ponto final. (um ponto final) .
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December 2023
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